como gotas de suor após o pesadelo. Procuro
a tua voz, os teus dedos apaziguadores e
a pele que, de tão quente,
me faz renascer.
mas quem eras não está mais aí.
Tudo aquilo que possas dizer já foi dito e
nas mãos apenas existe esterilidade
frio sem rumo e
só a distância se torna sólida.
há terra a escoar em ambos os sentidos:
tinhas o meu olhar ali, tão perto que queimava
as opiniões que um dia pudesses vir a formar.
assim, à noite, apenas resta acordar em sobressalto,
vociferar inúmeros rostos dos quais já não sei
o nome
e permanecer acordado, sem que a tua mão
recaia, docemente, sobre as feridas
que já não curas."
Sérgio Xarepe
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário