segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ela...

...esperava ansiosa, pela carta de amor que nunca recebeu.
Por isso, via todos os dias com ansiedade, o correio.
Mas, tal nunca acontecia.

Todos os dias de manhã, pegava no telemóvel, para verificar as mensagens.
Mas, o seu silêncio era absoluto.
Nunca o nome dele aparecia no ecran, para ela atender uma chamada.

E assim, se foram passando segundos, minutos, horas, semanas, meses, anos...
Até que ela deixou de esperar, por quem tinha prometido voltar.

Deixou de se preocupar, pois se não dava notícias, era porque se tinha esquecido dela.

Um dia, estava ela em amena conversa com os seus amigos, e o telefone tocou.
Um número não identificado.
Como sempre atendeu, e dizem-lhe do outro lado, numa voz profunda, mas serena.
- Minha senhora, temos correpondência a si dirigida, e queremos confirmar a sua morada. O senhor que a escreveu, acabou de falecer e pediu como seu último desejo, que esta lhe fosse enviada. Ele esteve naufragado, numa ilha deserta, sem qualquer contacto, com a civilização...

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