quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Dança só para mim...

... esta noite, e todas as que virão...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Avança, talvez para uma telenovela?!

- Boa tarde. O meu nome é Marta, da TMN, e estou a ligar para lhe oferecer uma campanha de acesso grátis à internet, pelo telemóvel.
- Olhe, minha senhora não precisa de dizer mais nada. Eu não estou interessado e agradecia que a sua empresa não me telefonasse mais para me oferecer esse tipo de serviços.
-Desculpe o incómodo, continuação de boa tarde. - E desligou.
Rafael detestava este tipo de telefonemas.
Achava que todas as empresas, que recorriam a estas campanhas de marketing, deviam ser multadas pois isto era invadir a privacidade dos utentes dos telemóveis e telefones.
Após este pequeno percalço, a sua viagem continuou até à cabana, sem mais incidentes.


Enquanto isso, em Lisboa, Rita tinha acabado de chegar a casa. Depois do almoço com o Fernando, e aquela despedida no parque de estacionamento, não lhe apeteceu trabalhar de tarde e foi até à praia, pensar no que tinha acontecido.
Não sabia como tinha sido capaz de corresponder naquele beijo, que o Fernando lhe deu inesperadamente, depois de um almoço divertido.
Rita e Fernando eram colegas profissionais há cerca de 5 anos. Sempre se tinham dado bem. Fernando, tinha a idade da Rita, mas ainda era solteiro.
Almoçavam muitas vezes juntos e andavam sempre a brincar um com o outro.
Rita ainda estava a tentar perceber o que se tinha passado.
Mas, tinha a certeza de uma coisa, não queria envolver-se com o Fernando. Eram amigos e colegas de trabalho e era assim que tudo iria continuar.

Agora é a tua vez : viajante

domingo, 25 de novembro de 2007

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Brincadeira?! Não, isto está a avançar...

Ficou ali parado, sem saber o que fazer. Parecia que o mundo lhe tinha caído em cima. O turbilhão de ideias, na sua cabeça, parecia um mar revolto num dia de grande tempestade.
Entrou no carro. Pegou no telemóvel e ligou à sua secretária, para esta lhe cancelar a viagem para Paris. Não estava em condições de fazer essa viagem. Mas, também não lhe apetecia ir para casa. Decidiu que precisava de passar algum tempo sozinho, num lugar onde ninguém o incomodasse. Pegou novamente no telefone e ligou à Rita.

- Olá Rafa. (respondeu a sua esposa)
- Olá Ritinha. Olha, já não vou para Paris. Mas, não contes comigo hoje, pois vou até à cabana, na serra.
- Mas está tudo bem?
- Sim, preciso de ir descansar uns dias. Vou ficar por lá um dia ou dois.
- Então está bem. Faz boa viagem e descansa. Gosto muito de ti.
- Já sabes que lá os telemóveis não têm rede, por isso não te preocupes. Também gosto muito de ti. Beijocas e dá beijinhos meus aos meninos.
- Beijocas também para ti.

Rita, não achou nada de estranho neste telefonema, pois já não era a primeira vez que o seu marido, no fim de um dia de trabalho, decidia ir até à cabana. Quando andava mais stressado, pegava no carro e dirigia-se para aquele refúgio no meio do bosque, onde se estava maravilhosamente bem. O silêncio, conjugado com a vista para o lago, fazia da cabana um lugar calmo, onde se podia descansar, pois esta tinha todo o conforto da casa que habitavam, mas sem televisão e telefone. A natureza naquele lugar era de uma beleza extraordinária. Tudo se conjugava, o cantar dos passarinhos, o abanar das copas das árvores, o rumor das águas na pequena cascata, o pôr do sol cintilante nas águas do lago.

Cenas do próximo episódio com : moonwalker

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

CONTINUAÇÃO...

... da brincadeira?


Vinham-lhe à memória, os tempos de infância... e como tal, recordou o dia em que a conheceu. Ela era nova no colégio. Tinha acabado de ser transferida de outra escola, pois o seu pai era militar de carreira e tinha sido promovido à mais alta patente militar. A sua beleza chamou a atenção de todos os rapazes, mas ele sentiu algo mais intenso, quando os seus olhos se cruzaram com os dela. E a ela, ele também não lhe foi indiferente.
Foi nesse dia que começaram uma bela amizade, que durou durante muitos anos, sem nenhum dos dois tomar a iniciativa para algo mais sério. Ambos sabiam que podiam sempre contar um com o outro, quando precisavam de desabafar sobre as alegrias e as tempestades que íam surgindo. Era incrível, como sabiam sempre o que dizer um ao outro.
Ambos tiveram os seus namoricos, mas faltava sempre aquela cumplicidade que existia entre os dois. O tempo foi correndo e cimentando cada vez mais a amizade que mantinham.
Eram os dois muito bons alunos e sabiam muito bem o que queriam para a sua vida profissional. Ele entrou na faculdade de medicina e ela entrou na faculdade de arquitectura. Ficaram separados durante os anos seguintes, mas continuaram a manter contacto regularmente.
Ela acabou a licenciatura, e como era uma excelente aluna, foi convidada a ir fazer o doutoramento, para uma das Universidades mais prestigiadas dos EUA.
Quis o destino, que ele fosse fazer a especialidade, na mesma Universidade Americana.

Passo-te a palavra: : moonwalker

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ele era um médico prestigiado. Tinha uma clínica sua, onde efectuava transplantes de coração. Todo o seu tempo era dedicado à sua profissão. Muitas vezes, era convidado por Hospitais Internacionais, para aí realizar operações. Andava, pois, constantemente em viagem.Desta vez, deslocar-se-ia a Paris. O voo estava marcado para amanhã, ás 10 horas.

Eram, neste momento 16 horas, constatou a olhar para o relógio.
Pensou em ir comprar uma mala nova, para levar no dia seguinte.
Assim, levantou-se da secretária, do seu gabinete luxuoso e dirigiu-se ao carro estacionado na cave.
O centro comercial era perto e decerto aí iria encontrar o que necessitava. A viagem demorou apenas 5 minutos. O parque do centro comercial estava pouco lotado, por isso arranjou facilmente um lugar para estacionar. Após sair do carro, observou que do outro lado, do estacionamento, estava um casal a despedir-se apaixonadamente.

Nem queria acreditar no que os seus olhos lhe mostravam - a sua linda esposa estava a beijar um Homem, em pleno parque de estacionamento.

continua aqui: moonwalker

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Quando estou só reconheço

Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.

E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.

Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.

Fernando Pessoa

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cada vez acredito mais que...

...everybody hurts,
sometimes...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ás vezes...

...também é necessário, mostrar o que nos vai no coração, sem receio.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Por dentro...

... sinto-me como um vulcão prestes a entrar em erupção, tal é o calor que emana do meu coração.

Por fora, sinto que tenho uma camada de neve, que faz congelar, tudo o que me vai na alma.