... pudesse, com a CAPA,
tapar as mágoas,
que me devoram,
por dentro...
... pudesse, com a BALADA,
dizer a DESPEDIDA...
domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
Pois, eu também, NUNCA MAIS...
"Nunca mais
A tua face será pura, limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei Senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem possa viver
Sempre.
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei Senhor que possa morrer."
Sophia de Mello Breyner
A tua face será pura, limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei Senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem possa viver
Sempre.
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei Senhor que possa morrer."
Sophia de Mello Breyner
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
ADEUS
"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus."
Eugénio de Andrade
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus."
Eugénio de Andrade
terça-feira, 25 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Quando...
... te conheci,
não pensei que fosse importante...
mas, com o passar do tempo
estás a tornar-te
naquilo que procuro!
Talvez até me faças
ACREDITAR,
novamente
que o AMOR é belo...!
não pensei que fosse importante...
mas, com o passar do tempo
estás a tornar-te
naquilo que procuro!
Talvez até me faças
ACREDITAR,
novamente
que o AMOR é belo...!
domingo, 16 de setembro de 2007
"MOMENTOS"
"O valor das coisas nao está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
(FERNANDO PESSOA)
(FERNANDO PESSOA)
terça-feira, 11 de setembro de 2007
APRENDI
“…Aprendi que há coisas na vida pelas quais lutamos e conseguimos. E outras pelas quais não vale a pena lutar. Aprendi a ouvir críticas sem reservas e elogios com alguma desconfiança. Aprendi que o tempo não se perde, gasta-se. Que o tempo que temos para os amigos é sempre pouco. (...) Que a amizade é uma das mais belas formas de amor. (...) Que às vezes é preciso respirar fundo antes de responder, calar em vez de falar, fechar a gaveta sem a arrumar. (...) Que a música é a melhor companhia. Que há melodias que tal como o amor são eternas e quanto mais passa, mais importante são e mais sentido fazem na vida. Aprendi a ouvir os outros corações bater a um ritmo diferente do meu, que cada alma tem o seu modo e o seu tempo, que amar é respeitar o tempo e o modo de cada um. Que a distância não tem a ver com quilómetros. Que ninguém constrói uma ponte sozinho. (...) Que estar parado também é uma acção. Que estar calado também é comunicar. Que estar quieto pode ser a forma mais inteligente de agir. (...) Que o amor é uma doença contagiosa que se propaga de forma descontrolada. (...) Que a proximidade é uma arte. Que a generosidade que temos com os outros reverte sempre a nosso favor. Que a sinceridade é uma arma perigosa. Que o amor tem muito de guerra e pouco de paz. (...) Que tudo na vida pode ser sempre melhor. Muito melhor. Muitíssimo melhor. (...)"
Margarida Rebelo Pinto
Margarida Rebelo Pinto
Se...
... querer muito é poder.
Então, eu quero muito.
Mas, de tanto querer...
Sinto que não tenho nada...
Então, eu quero muito.
Mas, de tanto querer...
Sinto que não tenho nada...
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
"O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo. Que, mesmo quando tudo se repete, já nada se repete pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas. Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro."
(De Fernando Pessoa e Saudades in Nacional e Transmissível)
(De Fernando Pessoa e Saudades in Nacional e Transmissível)
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
domingo, 2 de setembro de 2007
O dia de hoje...
... deveria ter sido um dia muito feliz.
Mas, a tua ausência, fez-se sentir como nunca.
Ver, outra pessoa a ocupar o teu lugar,ainda doi...
Tantas vezes, que hoje me apeteceu chamar por TI.
Por muitos anos que passem,
Será impossível apagar a tua presença...
Mas, a tua ausência, fez-se sentir como nunca.
Ver, outra pessoa a ocupar o teu lugar,ainda doi...
Tantas vezes, que hoje me apeteceu chamar por TI.
Por muitos anos que passem,
Será impossível apagar a tua presença...
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