quarta-feira, 30 de maio de 2007

Tanto que eu...

...queria
...desejava
...amava

E agora?

Como me liberto,
da dor que continua a doer?

Como encontro eu a estrada?

Que me liberta destes fantasmas?



terça-feira, 29 de maio de 2007

"My soul pleads for you"

"There's a place I've never been
A place I long to be
Will I reach? I just don't know
Still I hope one day I'll go, hey

My wish just never seems to come, yeah
I know for certain you're the one, yeah
So close I get, still no cigar
Carrying my wounded heart, yeah

I can't stop the river from running, I can't, I can't
I can't stop the rain from falling down on me, oh no no
I know I'm not what you want
I'm hoping in time you'll see how
My soul pleads for you

Not every time you meet someone and
You both just click in a minute
Baby it's the eye contact, smile like that
Click click and you're rolling
Can't stop calling you, I don't know what to do
Baby you're making me break down all of my rules, yeah

I can't stop the river from running, (I can't stop the river from running)
I can't stop the rain from falling down on me, oh no no
I know I'm not what you want
I'm hoping in time you'll see how
My soul pleads for you, (yeah, yeah, yeah)

Now I can believe you've put a spell on me
Oh it's the way it seems, I can't keep you out my dreams
Oh I get chills baby, when I can't talk to you
I'm in pain and I hope you feel the way I do

I can't stop the river from running, (I can't stop the river from running)
I can't stop the rain from falling down on me, oh no no
I know I'm not what you want
I'm hoping in time you'll see how
My soul pleads for you, (yeah, yeah, yeah)

I know for certain you're the one baby
So close, and no cigar
I carry this, my wounded heart
So close but yet so far"

Simon Webbe

segunda-feira, 28 de maio de 2007

De que é que Depende a Felicidade?

Ser feliz. De vez em quando, discretamente, pudicamente, ergue-se em ti ainda esta velha aspiração. Mas já não são horas de o seres, seriam só de o teres sido. De que é que depende a felicidade? O que falhou avulta quando enfrentamos a pergunta. Mas só se não tivéssemos falhado saberíamos se foi isso que falhou. Sei o que falhou mas não sei se o que falhou foi isso. A felicidade ou infelicidade têm a sua escala de grandeza. Tenho os meus motivos grandes mas os pequenos absorvem-nos. Problemas do destino, da verdade, do absoluto que desse a pacificação interior. Mas eles apagam-se ou esquecem com uma simples dor de dentes. Assim eles me avultam apenas quando essa dor se apazigua. Que dores menores me pontuaram a vida toda? Do balanço geral há o que somos para os outros e o que somos para nós. Ser feliz. Possivelmente o problema está num dente cariado. Sei o que falhou.

Não sei o que falharia ainda, se o mais não tivesse falhado. Que falsificação de nós inventamos para os outros que no-la inventaram? Ter grandeza no que se sofre para ao menos nos admirarem o sofrimento. O que sofri entremeado ao público sofrimento não tem grandeza nenhuma. Precisava bem de saber se a minha verdade definitiva não está aí. Ou ao menos a condição de tudo o mais. Para me negar radicalmente na obscuridade de mim. Para saber definitivamente o que vou entregar à morte. Porque pode ser só aquilo de que a morte tomará posse, sem restar nada de que tomem posse os outros.

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 4' "

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Onde...

... estás tu, quando não sei de ti?

Será o teu caminho, simples de seguir?

Será que percorres as ruas, caminhando sem sentido?

Será que os rostos estranhos, que contigo se cruzam, te mostram um sorriso?

Será que sentes, sem nada sentir?

Será que há um vazio, em ti?

Será que...?

quarta-feira, 23 de maio de 2007

E porque hoje é dia 23...

...
"O autor inicia a classificação tendo em conta a história do casal, que consiste em assinalar o casamento com as letras A,H,O,S,V,X,Y e I.

O casamento A é o que se iniciou com alguma distância entre os cônjuges porque, por exemplo, foi motivado pelo interesse ou imposto pelas famílias. Pouco a pouco levou a uma aproximação entre marido e mulher pela formação de um vínculo comum, como um filho, trabalharem juntos, fazerem um desporto a dois, etc.

No casamento H, a situação inicial é como a do casamento A, mas o vínculo comum não resultou numa aproximação, as suas vidas permanecem paralelas, mesmo com o nascimento dos filhos.

No casamento O marido e a mulher “correm” atrás um do outro, girando num vazio, sem nunca se encontrarem.

No casamento S, o casal procura uma boa adaptação mas raramente conseguem melhorar a sua situação inicial.

O casamento V é aquele que se inicia feliz mas vai sempre piorando.

No casamento Y o início satisfatório dura mais tempo do que o V mas a união termina da mesma forma. Estas últimas duas categorias de casamento testemunham que o amor só é eterno enquanto dura.

O casamento X corresponde ao A mas, depois de um período de acordo, cada um dos elementos do casal segue o seu caminho.

No casamento I tudo vai bem do princípio ao fim.


Um outro tipo de classificação, considera a estabilidade da relação e o facto de os cônjuges a considerarem como mais ou menos satisfatórias.

A pior das combinações é a do casamento estável-insatisfatório: estando insatisfeitos, mantêm estável esse nível de insatisfação, que o autor classifica como “prisão matrimonial”, em que podem trocar declarações de amor dissimulando uma profunda hostilidade. Na prática, não podem nem permanecer juntos, nem separarem-se. Raramente discutem e sentem-se fechados numa gaiola, utilizando-se reciprocamente para se manterem à distância. As mensagens entre eles são geralmente mal transmitidas e mal recebidas, não existindo esforço de esclarecimento recíproco. Só excepcionalmente recorrem ao psicoterapeuta uma vez que, “aos seus olhos”, os seus problemas permanecem sem gravidade.

O casamento instável-insatisfatório agrupa a maior parte dos clientes dos advogados ligados a divórcios e dos psicólogos. A história destes casais termina, regra geral, em separação e divórcio. Reconhecem o insucesso da sua relação mas não fazem nada para a mudar, acusam-se de forma contínua, desencadeando hostilidade recíproca, que serve para deslocar o conflito. Neste tipo de união, o conflito não aparece à primeira vista, por vezes encontra-se mascarado, e as expressões de agressividade subjacente manifestam-se no sarcasmo, na frigidez, na impotência, no alcoolismo… Neste casos, o elemento do casal que é objecto da hostilidade, apesar de compreender que os sintomas são manifestação de insatisfação, envia o “doente” em questão para o médico, psiquiatra ou psicólogo. O que, frequentemente, concede unidade a estes casais é o desejo infantil de resgatar num futuro próximo as frustrações do passado, que ao longo do tempo, conduz apenas a um aumento de insatisfação.

A união instável-satisfatória é a que se encontra, frequentemente, em casais unidos há mais de dez anos, e que, de acordo com o autor, é pouco conhecida visto que estes casais, pela natureza da sua relação, dificilmente recorrem a especialistas para resolver os seus problemas. A instabilidade revela-se em disputas frequentes a propósito tanto de questões insignificantes como de maior importância. A satisfação manifesta-se no facto de, para além da agressividade nas disputas, cada cônjuge não ser adversário do outro, mas sim um aliado, um companheiro de experiências, aceitando os altos e baixos do casamento. A instabilidade pode surgir da necessidade de apaziguar a incerteza afectiva, de um ou de ambos os cônjuges, ao sentimento de segurança que a relação cria para um ou para os dois.

A última classificação, a mais perfeita e, por isso, raramente atingida, é a união estável-satisfatória. Encontra-se em casamentos de longa data, e raramente em casais em que ainda partilhem a responsabilidade da educação dos seus filhos. Estes casais alcançam uma relação que exclui a mínima competitividade, as mensagens são claras, congruentes e compreendidas conduzindo a uma colaboração recíproca. Quando discordam, aceitam a diferença como um dado humano inevitável, do qual se pode extrair um ensinamento, e não como uma prova de hostilidade, o que lhes permite tomarem decisões comuns, reservando parte de autonomia pessoal. Discutem e mostram-se agressivos mas nunca ultrapassam o limiar da vulnerabilidade do outro. Nesta união a sua relação é vivida como puramente voluntária: estão juntos porque assim o desejam.

Penso que estas classificações, como quase todas, nos limitam e nos levam a grandes discussões, mas também promovem ensinamentos e reflexões pois a possibilidade de não estarmos de acordo é elevada. Deixo aqui o desafio aos leitores que poderão descobrir em que categoria se encontram os vossos casamentos de acordo com o autor, a reflectirem e a darem a vossa opinião sobre esta classificação."

(Copiado de Salpicos)

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Quero ter...

... tudo a que tenho direito.
... amor, paixão, carinho, cumplicidade, partilha.

... comigo, quem me ame.
... comigo, uma pessoa, que se entregue, como eu.

... alguém que me dê apoio, quando preciso.
... alguém que grite de alegria, quando estou contente.
... alguém que partilhe TODOS os momentos.
... alguém que seja cúmplice da vida.

terça-feira, 15 de maio de 2007

E porque...

... me lembrei da carta...

Vou procurar...

... até encontrar, um sinal: na noite, num raio de sol, numa brisa do vento, ou num simples olhar...

Também...

... eu fico assim sem ti...


domingo, 13 de maio de 2007

quarta-feira, 9 de maio de 2007

A garrafa...

...será que lá dentro estão as palavras que nunca te direi...?


segunda-feira, 7 de maio de 2007

Sem ti...

..., nunca pensei que conseguisse seguir em frente.
Sem ti, ao meu lado, nunca pensei, ter forças para suportar a dor.
Sem a tua presença, neste espaço, que já foi nosso, pensei que todos os dias choraria, até adormecer de cansaço.
Deste-me aquilo que eu nunca quis.
E agora, sou o que sou.
Um farrapo humano, que todos os dias se levanta para viver um dia de cada vez.
Sem futuro, sem objectivos, sem ambições.
Julgava que o Amor era vitalício, tal era a força com que te amava.
Mas, acabou.
E agora...?
Aos poucos tenho que deixar de sentir, que te pertenci de corpo e alma, que não faço parte do teu mundo.
Aos poucos tenho que fechar portas e abrir janelas, mas apenas quando o sol brilhar, pois não quero deixar entrar mais tempestades.
Aos poucos tenho que deixar entrar a música e a poesia na minha vida...


Viajem ao Passado

Viajei até ao passado.
Voltei ao lugar em que me perdi de ti.
Lembro-me dos sorrisos, dos sentires, dos momentos...
Mas, a memória é traiçoeira, e logo aparecem os cinzentos.
Aquilo que não é branco, nem preto.
Tudo o que quero esquecer.
Tudo o que é preciso arrumar, para seguir em frente.
Mas, as sombras continuam lá.
Até quando?
Só sei, que no passado nos transformámos, no que somos no presente.
No futuro.., temos que carregar o passado, com sabedoria, para podermos continuar o caminho.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Sonhos

Estava rodeada de tanta gente, mas sentia-se só, abandonada, desprezada, rejeitada.
Os afectos à sua volta, eram tão poucos.
Era como se já não pertencesse a este mundo.
Parecia que já ninguém a olhava da mesma maneira.
Parecia que falava e não tinha ninguém para a ouvir.
Era como se outra pessoa vivesse a sua vida.
Parecia que lhe tinham arrancado a força de viver.
Talvez, com a sua partida, ela tivesse deixado de ser a lutadora que sempre foi.
Talvez, com a sua partida, ela tivesse deixado de sorrir.
Talvez, com a sua partida, ela sentisse que lhe tinham amputado os braços, as pernas.
Talvez, com a sua partida, ela sentisse um deserto à sua volta.
Talvez tenha deixado de ser quem era.
Talvez tenha morrido, para voltar a viver.
Talvez tenha sonhado...

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Ando...

... perdida, num mar de encontros e desencontros.

... perdida, num deserto de calor e frio.

... perdida, numa floresta de arvoredo e de espinhos.

... perdida, sem conseguir encontrar a luz no fundo do túnel...